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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Comemorar todos os dias.




Sempre detestei qualquer data festiva, Natal, Ano Novo, dia das mães, dia dos pais, Páscoa e claro aniversario.
Não gosto de obrigações muito menos obrigação de estar feliz ou de estar fantasiada de branco tipo no ano novo (como protesto sempre passo com outras cores, ate de preto) e a obrigação de estar em algum lugar.
Nessas datas aqui em casa sempre temos problemas,
Maria Julia tem um espírito natalino insuportável e fala que meu espírito natalino é de porco hehehe
Mariah ama ano novo, acho que essa coisa adolescente de que a meia noite todos os problemas vão desaparecer e ela pode zerar tudo e recomeçar,deve ser a mesma coisa que sente quem fala que segunda feira começa a dieta ou para de fumar.Segunda feira sempre foi o “ano novo” de quem tem alguma tarefa detestável tipo essas rs
E eu adoro os dias normais não gosto de manifestações em grupo e não dou a mínima para o coletivo. Quando chega à época do meu aniversário já começo a ficar em pânico um mês antes por que sei que não vai faltar gente falando que TENHO que fazer alguma coisa.
É engraçado como as pessoas reagem quando digo que para mim é um dia normal como outro qualquer e que não vou fazer nada de especial
Algumas falam: Ah, mas não se faz essa idade todo ano.
Claro gênio não se faz nenhuma idade todo ano e deve ser por isso que cada dia gosto menos dessa comemoração
Como tudo na minha vida, meu aniversario também não poderia ser simples e normal como o das outras pessoas. Na verdade nasci dia 31 de agosto (hpje), mas minha mãe resolveu me registrar no dia primeiro, passei ate o meio da adolescência achando que era no dia primeiro e quando descobri que não, me causou um desconforto;
Mas como já disse sou boa em mudar as situações e meu aniversario virou uma data a ser comemorada dois dias era boa na época em que eu me drogava, afinal tinha uma desculpa por dois dias para sumir.
Mas agora tenho um problema dobrado, realmente a vida pode ser vista por vários ângulos.
No ano passado fiz uma festa indiana aqui com direito a banda cantando mantras e comida típica, fora toda a decoração (sabia que algum dia toda bugiganga que compro nas viagens iam servir para alguma coisa), foi bem legal.
A verdade é que alem claro de perceber mesmo que eu me faça de besta e tente não reparar nisso vejo os anos passando e a idade chegando e não acho graça nenhuma nisso rs
E minha mãe, minha mãe faz falta o ano todo, mas principalmente nessas situações.
Hoje quando me levantei, lembrei dela e tentei imaginar a..."alguns anos" rs quando eu estava para nascer o que ela deveria estar sentindo, devia estar nervosa já que não sabia nem que dia do mês era rsrsrs.
Quem fez o parto da minha mãe foi meu tio que também era meu padrinho, disse que já nasci gritando e com os olhos abertos curiosa para o mundo.
Sempre que vejo fotos de quando eu era pequena, acho os olhos tristes e sempre me vinha à cabeça quanta coisa “aquela” criança teria que passar na vida, algumas por escolhas outra por falta delas.
Mas hoje olhei com outros olhos para a mesma fotografia e me senti orgulhosa daquela criança
Forte, chorou, fez chorar, foi feliz também, aprendeu, errou, errou outra vez, mas nunca desistiu e nem perdeu o humor.
Em algum lugar por ai hoje minha mãe deve estar comemorando e não tenho duvida que orgulhosa da filha
Na vida vemos pessoas que amamos indo embora, talvez para nos esperar em algum lugar um dia, mas também vemos pessoas que amamos chegarem.
Então mais uma vez notei que datas não são importantes, o que realmente importa é o que fazemos com nossas vidas, como cultivamos as nossas relações e que no dia a dia é que vemos o resultado do que fazemos.
Meu presente de aniversario esta aqui bem perto de mim nos quartos ao lado Mariah e Maria Julia e todos os dias deveriam ser de festa só por isso


Ps O bom de se mentir a idade é que você pode aproveitar as velas dos outros anos

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Roteiro Helena Rubinstein









Eu já havia estado em Bali um ano antes.
Na primeira semana tive um surto com tanta confusão, parecia a Índia só que com perfume de incenso por toda a ilha.
Gritei muito, em 6 dias me mudei de hotel quatro vezes e o coitado do Rony alem de ter que agüentar minhas reclamações (acreditem sou boa nisso) ainda tinha que carregar minhas malas que não eram poucas e cresciam, já que entre um grito e outro eu parava para fazer um shopping ninguém é de ferro. Eu só corria para as agências de viagens e falava que queria ir para Mônaco ou Saint-Tropez ou qualquer outro lugar civilizado no mundo.
Mas acabamos nos encontrando e passei a amar aquele lugar. Chegando a adiar minha volta varias vezes e acabei ficando dois meses lá.
Todos os lugares que ia me lembrava das minhas filhas e de como eu queria mostrar esse lugar no mundo para elas.
As meninas já viajaram bastante comigo, mas queria mostrar uma coisa diferente desse roteiro Helena Rubinstein que todo mundo faz, Paris, Nova Iorque, Disney e Miami.
Queria dividir com elas as sensações que tive com cada nova descoberta e resolvi que no ano seguinte elas voltariam comigo.
Me organizei, com a ajuda de um ex-namorado que mora em Bali há alguns anos e que já mandou um e-mail me proibindo de falar o nome dele no Blog (heehhe tentador só pra dar uma irritada) aluguei uma casa linda, convenci a Constança a ir junto, malas prontas lá fomos nós.
O roteiro era uma romaria SP/Paris depois Paris/Doha e continuava Doha/Kuala Lampur e depois finalmente Depansar, foram mais de 30 horas de viajem com direito a tudo, era a primeira vez que as meninas faziam uma viagem de classe econômica (eu achava bom para elas e para meu bolso também rs).
Mariah teve desde gorduchos a indianos cheirando c Cury como companheiros de poltrona, Constança irritada por que queria fumar (fumou dentro do aeroporto de Paris no meio da esteira) Julia adorando tudo. E eu? Bom eu tomava meu rivotril e apagava matando de inveja elas e quem mais não conseguisse dormir.
Chegamos em Bali mortas, mas só o ar morno no aeroporto já me fazia sentir melhor.
Todos adoraram a casa.
Vocês sabem que assim como nas relações tudo é festa no inicio e não foi diferente com nossa nova casa, os banheiros tinham o teto aberto, lindo tomar banho olhando as estrelas. Lindo por três dias.Depois começaram as paranóias, bichos estranhos que faziam barulhos na moita que tinha para enfeitar os banheiros, paranóia de ser vista e a minha maior e de sempre os morcegos.
Fui aos poucos mostrando o por que de eu ter me apaixonado por essa ilha como nunca fui por nenhum outro lugar no mundo.
Enquanto Constança se enfiava em computadores, ela tinha que se manter conectada com esse lado do mundo, nós ficávamos em uma loja de sucos onde usávamos o lap top enquanto as balinesas faziam massagens nos nossos pés. Não poderia ser melhor.
Praias maravilhosas, água morna, areia branca tudo perfeito a noite íamos fazer compras antes claro passávamos no Spa para uma massagem.
Lembrei de um spa que eu ia sempre no outro ano e lá fomos nós, tudo ia bem até que Constança viu um rato to tamanho de um gato andando pelo teto, mais uma gritaria e nunca mais voltamos la.
Como diria meu ex-inominável rsrsrs “a ignorância é uma dádiva”.
Tivemos de tudo no início já que éramos três mulheres (fora minhas múltiplas personalidades) e um homem (que cá pra nós também tinha lá seus momentos bipolares) e assim foi um aprendizado, brigas, discussões até para se resolver para onde iríamos essas coisas de quando você não está sozinho e pode escolher sem se preocupar em agradar a todos.
Tudo foi muito especial, ver os olhos da Mariah no aeroporto de Dora olhando para os homens de turbantes e achando que todos eram Sheiks, Constança vendo milhares de possibilidades brilhantes de fazer grandes negócios e Maria Julia que amava tudo desde catar estrelas do mar no final da tarde ate comer o camarão predileto dela na praia.
Adoraria contar cada detalhe do que vivemos, mas vocês iriam parar de ler, melhor deixar para um possível próximo livro.
Quero chegar no lugar que senti que consegui mostrar para as meninas que viajem poderia ser muita mais rica do que fazer compras, falo senti por que não foi uma coisa que eu tenha só visto com meus olhos, senti com meu coração.
Resolvemos ir para Lombok uma outra ilha próxima a Bali e foi assim que tudo começou.
Tínhamos que pegar um ferry Boat, tudo bem achei que era alguma coisa tipo ir ate a ilha do governador de barca apesar de nunca ter feito isso, todo mundo faz então não poderia ser tão ruim.
Mas era.
Era bem pior do que qualquer coisa que minha imaginação fértil conseguisse pensar.
Milhares de caminhões, só homens (caminhoneiros) muçulmanos e nosso carro lá bem pequeno parecendo que seria esmagado por todos os caminhões a nossa volta. Mariah chorava, Julia também e eu gritava que queria sair de lá o mais rápido possível.
Ok meu ex INOMINAVEL com toda paciência do mundo e olha que definitivamente, paciência nunca foi o forte dele,nos tirou de lá.
Fui chorando irritada pela estrada, pedi para parar o carro, andei de um lado pro outro enquanto tentava tomar coragem para voltar e encarar isso.
Ele tinha dito que muitas amigas dele faziam essas viagens sozinhas, até hoje não acredito nisso e se for verdade acho que devem ser todas umas loucas, o fato é que da mesma forma que já disse para vocês que não lido bem com a palavra NÃO, também não gosto de ser comparada e se elas podiam eu também poderia.
Voltei para o carro e resolvi que iríamos voltar e fazer essas seis horas, não éramos mulherzinhas e sim três mulheres e eu por já ter passado tanta coisa na vida não ia me intimidar com uns muçulmanos que nos olhavam como se estivéssemos sem roupa, muito menos com caminhões e um lugar imundo.
Mais uma vez voltamos para o lugar onde tínhamos que esperar, Mariah cismou que tinha que ir ao banheiro, e o INOMINAVEL tinha dito que lá o banheiro era um horror.
Em Bali por todos os lugares se encontra uma barraquinha onde se vende uma comida que nunca provei tipo um “PF” e nesse lugar que estávamos também tinha uma dessas, só que com um restaurante no fundo. Lá foi Mariah que voltou com a cara assustada quando descobriu que o banheiro era no meio, isso mesmo não era ao lado, nem na frente, era no meio da cozinha (vale lembrar que por lá eles não têm habito de usar papel higiênico e que muitos banheiros são um buraco no chão).Mas horror mesmo foi à cara dela depois que viu andando livremente por cima das comidas da tal barraquinha um rato, outra gritaria.
Achamos um lugar no alto em uma varanda, colocamos no chão com uma canga e ficamos de frente para uma lua cheia igual a de um filme.
Seis horas depois estávamos vivas e tínhamos que pegar o carro por mais varias horas para finalmente chegar ao local onde tinha o hotel que eu queria levar as meninas.
Imagina depois de horas de horror quando chegamos em um hotel na areia da praia com um mega café da manha, quartos lindos e limpos, estávamos no paraíso.
Tivemos um dia perfeito com sol, conforto e relaxados, claro até as meninas ouvirem um som estranho no teto do quarto delas e descobrirmos que havia ali uma cobra. Nada é perfeito
Ficamos alguns dias lá, mas como a diária não era das mais baratas e ainda não tínhamos chegado no nosso destino final, fomos na ultima noite em lombok para um hotel mais simples afinal seria só uma noite.Tudo bem
Conseguimos um único quarto.Eu devia estar com meu espírito aventureiro no máximo (isso por que eu não sabia o que ainda viria pela frente), chegamos tarde lá e o balines simpático veio nos trazer toalhas, pena que junto com ele, mais especificamente no ombro, veio também uma barata do tamanho de uma lagosta, mais uma gritaria e acordamos o hotel inteiro.
No outro dia partimos para o lugar que havíamos programado, mais horas de carro e quando chegamos descobrimos que o barco que nos levariam a outra ilha só sairia no outro dia, tudooooooo bem lá fomos nós para outro hotel.
Uma coisa que já estava virando normal era chegar em um hotel e perguntar se tinha água quente, já que muitos hotéis lá não possuem esse “luxo”, para nossa sorte esse também tinha, banho quente e sapos, muitos sapos.
Na hora do jantar ficou claro, um cardápio inteiro com variedades de sapos, não eram rãns, eram sapos, verdes e grandes dos que você acredita que se beijar vira príncipe.
Fora que o hotel era assombrado, mas não vou me estender.
Dia seguinte pegamos o tal barquinho e fomos rumo ao paraíso, algo estava estranho às pessoas só levavam mochilas e nos tínhamos pranchas (o mar era uma lagoa) e malas rosas e enormes.Lá na ilha mais uma surprezinha, não havia carro e o único meio de transporte era charrete ou a pé.
Dei logo um ataque imagina se alêm das malas super pesadas o pobre do cavalo ainda ia ter que nos levar, nem morta.Fomos à pe, enquanto nossas malas rosas, junto com pranchas seguiam em busca de um hotel.
Depois de varias tentativas finalmente achamos um hotel, era lindo tipo um chalé de palha, estava morta e resolvi que já chegava de andar, iríamos ficar por lá mesmo.
Assim que entramos descobrimos que nosso velho conhecido banheiro sem teto havia voltado para nossas vidas
Nunca digam que nada pode piorar, por que pode. Não tínhamos água doce normal dessas que o cabelo sai macio e sim água salobra, com cheiro ruim e deixando a sensação de estar melada.
O chão era feito de tabuas, tudo bem se pelo menos elas fossem grudadas, mas não. Elas tinham espaços do tamanho de dois dedos e dava para ver o chão de areia.
As paredes de palha trançadas deixando espaço para qualquer bicho entrar foram o bastante.
Resolvemos que já que eram essas as condições, então iríamos dormir na praia,pelo menos a primeira noite para tentar entrar no clima .
Sempre tive talento para modificar situações e tivemos uma noite linda na beira do mar, olhando um céu lotado de estrelas e foi a primeira vez que as meninas dormiam na praia.
Não era na areia, mas em cima de umas coisas que eu chamava de surubão, mesmo lugar em que comíamos também.
Ficamos nessa ilha uma semana, fizemos mergulho, vimos tartarugas, peixes das cores mais variadas, mergulhávamos de mãos dadas vendo aquele mundo paralelo cheio de cores. Comíamos na praia peixes frescos, tirávamos fotografias com mêdo de que a memória deixasse algum detalhe escapar, rimos, nos emocionamos e ate acostumamos com a água e com as tábuas.
Houve uma noite em que tinha uma festa dos “cogumelos mágicos” uma ilha toda doida e nós claro não participamos. Eu não uso mais drogas e é só por isso que consigo ter momentos tão especiais.
Voltamos de lá e eu me senti tendo conseguido fazer a coisa certa, foram momentos maravilhosos, mostrei para elas e descobri também, já que nessa ilha eu nunca tinha ido.
Aprendemos a enfrentar nossas frescuras ocidentais, valorizamos coisas que antes nem notávamos, ficamos mais próximas, me senti com o coração pleno por ter participado com elas dessa nova experiência.
Uma das coisas que eu queria que elas descobrissem, é que é possível fazer uma viagem sem comprar nada e se divertir muito, que a vida é rica por si só podemos encontrar beleza e alegria na simplicidade.
E acho que consegui


Ps 1- As melhores coisas das viagens não trazemos nas malas, mas ficam guardadas para sempre.


Ps 2- Viram como estou menos transgressora e não falei o nome do ex-inominável ate o fim? Hahahahahahahha

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Flavia


Vocês devem lembrar da Flavia minha amiga de todas as horas, estivemos internadas juntas e também recaídas.
Eu e a Flavia nos metemos em tantas confusões que se fosse escrever todas teria que fazer um livro só para nossas historias.
Umas das coisas que mais chama atenção na Flavia é o humor, nunca vi uma pessoa para rir das desgraças com tanta vontade como ela e olha que eu também costumo olhar para as minhas com humor, mas ela é insuperável.
Dei algumas “dicas” para Flávia quando estávamos na clinica, um dia ela foi dar um ataque típico de quem esta internado e quer chamar atenção, às vezes pode ate ser a pressão mesmo, mas não acho que tenha sido.
Ela fez todo um discurso, falou alto parecia decidida a realmente ir embora, seguiu falando enquanto entrava no quarto para preparar as malas.
Fiquei olhando toda a performance dela e não acreditei quando ela simplesmente entrou no quarto
Ué, mas só isso?
Me levantei indgninada e fui ate o quarto (que por sinal era dividido por nos duas e mais uma outra paciente que com alguns dias de convivência e ouvindo nossas insanidades pediu para ser transferida) para reclamar
Ela provavelmente achou que eu ia falar alguma coisa do tipo não vá e bla bla bla.
Mas não
Olhei pra ela e perguntei:
Você ficou maluca, não sabe que depois de todo esse seu discurso você devia bater a porta do quarto depois de entrar?
Não sabe a diferença que isso faz, causa muito mais impacto nas pessoas.
Caímos as duas na gargalhada e claro ela nem começou a fazer as malas.
Flavia sempre foi minha memória e isso não tinha graça nenhuma já que tem coisas que preferimos esquecer mesmo.
Ela era capaz de dar os maiores furos nos lugares mais impróprios e ainda assim não dava p ficar com raiva dela
Flavia também era meu obituário, toda vez que eu ia viajar ela ficava incumbida da missão de me ligar se alguém morresse.
Vocês sabem quando estamos usando droga as pessoas morrem o tempo todo e eu gostava de me manter a par da situação (não lia jornal pq afinal não morria ninguém do meu ciclo e as noticias não me interessavam muito)
Foi ela quem me deu a noticia da morte da Cássia Eller, estragou meu passeio na Disney.
Hoje nos vemos pouco já que quase não tenho saco para ir para a Zona sul e a Flávia é a pessoa mais pão dura que conheço na vida rsrsrs outra característica dela.
Mas para quem leu o livro e às vezes se pergunta que rumo as pessoas tomaram ai vai
Flavia deixou de ir ao NA, mas continua bem.
Entrou para uma aula de dança e sai por ai dançando com um grupo que ela diz ser bem legal, Foi outro dia para Cuba eu acho, para dançar, claro que ela não teria feito esse “super gasto” se não estivesse apaixonada pelo professor outro fraco dela gostar de homens impossíveis rs.

Flavia é minha amiga de todas as horas, posso ficar o ano todo sem encontrar com ela, mas quando nos vemos é como se estivéssemos estado juntas na noite anterior.

Na verdade hoje não sabia sobre o que escrever, tudo me parecia meio triste, deve ser essa droga de tempo e fui correndo lá na pagina do orkut dela, pedindo que ela me lembrasse alguma historia nossa. Já que ela sempre foi a minha memória.Como ela não respondeu tive que me virar sozinha



Ps Ela pode não ser mais minha memória, mas continua me fazendo dar um sorriso sempre que lembro de nossas historias.

sábado, 22 de agosto de 2009

Reclusão forçada


Assim como quase tudo na minha casa, meu computador tem vontade própria e ontem resolveu que não queria “trabalhar”.
Ele às vezes faz isso, mas sempre tenho o Ronaldinho pra resolver.
Já falei pra vocês do Ronaldinho?
Ronaldinho é o meu motorista,mais do que isso, ele virou uma espécie de baba, faz tudo.
É ele quem sabe onde fica tudo, quando tenho que pagar as contas, ele que grita com a mulher da net. Eu odeio ter que ligar pra lá e ficar sendo transferida de um setor pra outro e no fim ainda ter que dar nota para o atendimento. O atendimento é uma merda, nunca conseguimos o que queremos e eles nunca perdem a paciência, continuam com a voz calma repetindo um texto decorado, nos dão razão, mas nunca podem resolver nossos problemas.
E enquanto gritamos eles apenas repetem: A net agradece a sua ligação.
Ronaldinho conhece meu humor assim que entro no carro dependendo da minha cara ele já tem a trilha sonora apropriada, tem de tudo musica pra depre, musica pra quando tô animada e ate silêncio pra quando estou atacada.
Mais infelizmente Ronaldinho tem vida própria e esse mês resolveu tirar as férias dele.
Nunca tinha ficado sem ele, desde que esta comigo.
Em geral ele faz isso no inverno quando não estou no Brasil, mas por alguns motivos que não vem ao caso agora esse é meu primeiro inverno Brasileiro depois de alguns anos e não estou gostando nada disso.
O fato é que notei como me tornei dependente do Ronaldinho
Temos uma brincadeira aqui e cada vez que vou sair dou um grito bem alto RONALDOOOOOOOOOOOOOOO e assim o condomínio inteiro sabe que vou pra rua
Ronaldo se mete em tudo, da conselhos amorosos p Mariah, faz o trabalho de espião pra Maria Julia quando ela acha que estamos escondendo alguma coisa dela e também vive pedindo conselhos rsrs.
Uma das coisas que deixei de fazer quando estava me drogando foi tirar uma carteira de motorista adoro dirigir meu carro, mas por uma questão de bom senso e por respeito à vida de todos os moradores do meu bairro só faço isso quando estou na fazenda.Amo dirigir na estrada de terra.
Vocês devem estar se perguntando por que estou a tanto tempo sem usar nada e não tomei vergonha e fui tirar uma carteira de motorista.Simples por dois motivos, pura falta de vergonha e por que claro eu tenho o Ronaldinho.
Não que eu viva na rua, ao contrario conheço poucas pessoas tão caseiras como eu, às vezes fico quase uma semana sem sair de casa, tenho tudo que preciso aqui e vejo só as pessoas que quero ver. Não gosto de sair à noite e sem sol fico triste mesmo, como só chove nessa terra nos últimos tempos, achei que ia tirar de letra.
Mas sendo eu como sou,já deveria ter imaginado que seria do contra. Tem uma coisa que não mudou em mim e não sei se um dia vai mudar, não posso ouvir a palavra não.
E só em saber que NÃO posso sair de casa claro tenho mil coisas que invento todos os dias pra fazer e uma vontade incontrolável de ir pra rua.Posso apostar que se o Ronaldinho estivesse aqui eu não ia querer sair, ia curtir esse tempo frio e ficar por aki mesmo.
Me sinto em uma das clinicas que fiquei, a diferença é que aqui eu faço as regras e eu mesma as quebro bem melhor assim ne rsrsrs.
Estou em contagem regressiva e poucas vezes na vida quando alguém me pergunta que dia do mês é hoje eu sei responder, mas durante as férias do Ronaldinho eu sei todos os dias.
E enquanto ele não volta fico aqui fazendo meus planos agendando mentalmente todas as coisas que vou fazer, os lugares que quero ir as amigas que quero rever.
Imagina a Ana, vocês devem lembrar dela, a que ia para o templo hare comigo mora no Leblon falo com ela pelo MSN, mas não nos vemos desde o lançamento do livro, mas nem conta por que foi muito rápido. Ela é uma das primeiras que quero ver assim que acabar meu período de reclusão

O que consegui concluir nesses quase 30 dias é que posso perder o celular, posso levar um pe na bunda do namorado, meu cartão de credito pode ser bloqueado, mas não posso ficar sem o Ronaldinho.

Fico por aqui contando os dias e fazendo planos para minha nova vida em liberdade com Ronaldinho claro.




Ps Espero que ele não leia isso por que certamente vai pedir aumento rs

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Ontem fui dormir pensando no que tinha colocado aqui.
Tenho muitas historias engraçadas com namorados e modéstia à parte sempre dei muita sorte com eles.
Aprontava "de um tudo" e sempre no final me dava bem
Tenho fama entre algumas amigas de ser uma mulher que não se apaixona (pelo menos não por muito tempo) de quem tem bons conselhos para dar sempre nessa área, muitas já me pediram brincando para fazer um guia.

Mas essa não é a verdade, pelo menos não toda.
Ao contrario do que elas pensam, eu me apaixono, me apaixono intensamente.Vivo cada relação como se fosse pra sempre
Todas as vezes que trai algum namorado, foi por paixão, paixão por outro claro.Mas nunca por ser leviana, isso não.
Talvez eu tenha percebido em mim um lado que eu desconhecia.
E dei um pulo da cama quando percebi que sou romântica
Mas como?
Logo eu?
Pois é eu mesma, ascendi um cigarro e fui vasculhar minhas memórias procurando traços da mulher que como meu amigo Caca chamava predadora que todos viam em mim e que ate eu acreditei ter ou ser.
Pasmei.
Não achei nada dela, ao contrario me lembrei de quantas vezes meu coração disparou quando o nome da paixão da vez aparecia no visor do meu celular.
De quantas noites inesquecíveis e momentos inesquecíveis tive com cada um deles.
Brincadeiras particulares, apelidos, olhos nos olhos, historias engraçadas, confusões e etc.
Tudo especial e único.
Pq eu era única com cada um ate aparecer uma nova paixão
Então descobri mais uma coisa.
Descobri que sou apaixonada por estar apaixonada e como todo mundo sabe que paixão não dura pra sempre talvez seja isso que me leve embora, em busca do coração batendo forte outra vez.
Sempre tentei ser o mais honesta que conseguia e claro que podia, pra depois não ter chororo nem ouvir que fiz falsas promessas.
Melhor lembrar outra vez pra vocês (e vai que tem algum ex lendo isso tb)
Cada vez que jurei amor eterno, era verdade.
Cada vez que eu disse: eu te amo, era verdade.
Cada vez que eu disse que queria que durasse pra sempre era verdade.
Tive um namorado que me perguntava:
Karina você me ama?
E eu respondia: Amo Z mais não amo todo dia
E era a mais pura verdade, não fui feita para pares eternos, não consigo manter o coração disparado todos os dias logo não consigo manter uma relação pra sempre.
Eles deveriam ser gratos p tanta sinceridade ate por que isso é coisa rara hoje em dia, mas não são...
Então talvez isso seja só para deixar claro e quem sabe assim evitar pelo menos um pouco de julgamento ou para ter julgamentos mais doces quando eu contar mais algumas historias dos meus namoros por aqui



Ps Hoje meu coração não esta batendo forte, perigo para o atual namorado rs.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A bela menina do cachorrinho

O inicio

A algum tempo já tinha percebido que as pessoas que leram o livro, de alguma forma se tornam intimas.Normal já que o livro fala da minha vida.

Sempre que falo com alguém que me procura depois de ler ou pelo Orkut ou por e-mail tenho a sensação de estar falando com alguma amiga ou amigo, me sinto à vontade, também já sabem de tudo rs.

Mas foi ai que fiquei pensando sobre esse “tudo”.

Minha vida não parou depois do livro, certamente ficou com menos adrenalina rs às vezes comparada ao que era antes ate meio entediante, provavelmente não daria um outro livro rs.

Ou talvez sim...

Então resolvi criar esse blog (mais uma senha para eu ter que decorar rs) assim as pessoas vão poder continuar acompanhando o depois do livro.

Que rumo a vida seguiu, que fim cada um levou ou continua levando, minhas novas descobertas e quando algum fantasma volta a me pertubar, medos e conquistas.

Minhas confusões acreditem eu ainda me meto em muitas rsrsrs.

O livro foi parte da minha vida, mas a vida continua.

Tomara que vocês gostem e que possamos continuar a historia por aqui e que ela seja leve